quarta-feira, 5 de maio de 2010

O jogo da vida

Hoje eu estava jogando no celular um jogo de futebol. E este jogo meio que fastidioso(falei bonito, hein?), acabou se tornando um jogo filosófico, no qual pude comparar a minha vida com ele. Fiquei triste, pois aquele jogo era horrível. E ponha horrível nisso.

Comparei o meu time comigo, com a minha vida. E comparei o meu adversário com o mundo. Até então, eu pensava que nunca seria capaz eu ganhar numa partida onde o meu adversário era o próprio jogo. Porque o jogo pensa rápido e a partida continua mesmo que eu pare. Ele sempre está lá, perto da bola enquanto eu tenho que lutar para conseguí-la. Como a máquina é sempre mais rápida, perdia sempre por 10 à 0.

Percebi também que esse jogo era injusto. Muitas vezes a minha bola entrava mas não contava como gol. – Qual é? Tá escrito em que lugar que meus gols não são válidos? Algum juiz marcou como impedido? – Injustamente, os poucos gols que eu fazia era como se eu não tivesse feito nada, era inválido.

Passou então rapidamente em minha cabeça, a vontade de trapacear. Já que o jogo é injusto vou jogar errado. Quem sabe assim os meus Gols não se tornem válidos? Mas essa tentativa seria em vão, pois o adversário sempre estava à minha frente, e o jogo era limitado, só podia andar para os lados.

Foi aí que eu parei e pensei: ‘Será que o erro está em mim?’ ‘Vou parar para ver onde é que eu estou errando.’ Então minha suspeita foi confirmada. O erro era em mim. Prestei atenção nos detalhes e percebi que sempre que a partida começava, eu chutava sempre para o mesmo lado que batia no canto e ia pro outro lado, onde os adversários pegavam a bola e não soltavam mais. Lembrei então da cena de um filme inesquecível: ” O show de Truman” Onde o personagem de Jim Care, resolve surpreender a todos e fazer diferente.

Sei que para o meu adversário isso não faria diferença, pois ele é a maquina e terá sempre a vantagem de não ter que pensar e nem se extressar, afinal, o meu adversário é que é o meu jogo. Mas isso não passou pela minha cabeça na hora. O que eu queria mesmo era mudar a minha jogada para poder ganhar.

Você deve estar pensando agora: ” O final da história é que ela venceu o jogo ” Mas agora eu digo que vocês estão enganados. Mudei minha jogada e reconheço que essa foi bem melhor, pelo menos assim os meus gols eram válidos. No final da partida apareceu na tela com uma letra amarela em palavras que piscavam “VOCÊ PERDEU”. Mas para mim estava escrito ” PARABÉNS”. Porque apesar de não ter vencido, dessa vez eu perdi de 5 à 10 e pude finalizar a partida em paz porque eu sei que eu tentei e fui até o fim sem desistir. Isso pra mim já é uma vitória.

Este jogo não foi apenas um futebol de celular, foi uma espécie de maquete que disse o que estava acontecendo e o que eu preciso fazer na minha vida. Foi preciso mudar de estratégia para conseguir um 5. Hoje eu posso dizer que…

…. Ainda não venci o jogo, mas aprendi a jogar.

Por: Andressa Maria.

2 comentários:

Sammyra Santana disse...

Drêêê!!!
Saudades daqui!
então flor, a vida é mesmo um jogo que nos surpreende a cada partida!
ainda bem!
Pq se nosso time só ganhasse não teria graça, né? tem que perder ou empatar às vezes que é pra dar mais emoção!
Beijo

T.S. Frank disse...

Olá, Drê!!!!

Esqueci te ti NÃO moça!

Cá estou eu. :)

A comparação é muito boa. O que seria nossa vida senão uma partida e um monte de táticas? Quando se está perdendo, alguma coisa vai mal, se está ganhando, melhor não mexer no time. E assim vamos seguindo. Todavia o mais importante é inovar. O que seria da Copa de 1974 se a Holanda não tivesse inventado a tática do Carrossel Holandês? E ela entrou para a história. E nem precisou ganhar.

Bjos, bjos, bjos!

Aguardo visitas.

T.S. Frank

www.cafequenteesherlock.blogspot.com